Título: O Menino do Bosque
Autor: Harlan Coben
Gênero: Suspense, Thriller, Mistério
Ano: 2021
Páginas: 336
Editora: Arqueiro
Classificação Indicativa: +16
Minha Nota: 4,5 ★
Sinopse: Há 30 anos, um menino foi encontrado vivendo na mata como uma criança selvagem. Ao ser interrogado, ele não sabia nada sobre seu passado. Agora, já adulto, Wilde ainda não tem nenhuma lembrança confiável sobre suas origens.
Quando Naomi, uma garota que mora dos arredores da floresta, desaparece, ninguém parece levar a sério o seu sumiço, nem mesmo seu pai. Até que Hester Crimstein, uma famosa advogada criminalista com quem Wilde tem uma trágica conexão, fica sabendo que a jovem era vítima de bullying na escola.
Ela então pede a Wilde que use suas habilidades e seu instinto especial para ajudá-la a descobrir o paradeiro da menina.
Wilde é incapaz de ignorar uma adolescente em apuros. Só que, para encontrar Naomi, ele deve ingressar em um mundo no qual nunca se encaixou, um lugar onde os poderosos são acobertados mesmo quando guardam segredos que podem destruir a vida de milhões de pessoas.
E são esses segredos que Wilde precisa descobrir antes que seja tarde demais.
Matthew aprendeu uma verdade terrível: a gente fica imune à crueldade. Ela vira o padrão. A gente aceita. Vida que segue.
Pensei bastante sobre se deveria ou não fazer uma resenha desse livro. Quem me conhece sabe que Harlan Coben é, disparado, meu autor favorito e eu não perco um lançamento deste que é conhecido como o mestre das noites em claro (e não é à toa). Eu leria até a lista de compras dele com a maior felicidade do mundo. Sério.
Muito bem, correndo o risco de ser totalmente parcial aqui, farei o meu melhor para analisar este livro sob uma ótica justa. Mas não esperem muito de mim, eu acho esse cara genial.
O Menino do Bosque é Wilde, um homem que, há 30 anos, foi encontrado vivendo sozinho na mata como uma criança selvagem. Mesmo quando adulto, Wilde não tem lembrança alguma de seu passado a não ser os pesadelos que de vez em quando ainda o assombram.
Quando Naomi, uma garota que mora nos arredores da floresta onde Wilde foi encontrado, desaparece, Hester Crimstein, uma poderosa advogada, e Wilde, embarcam nesta eletrizante jornada cheia de surpresas, revelações e reviravoltas em busca da garota desaparecida.
Uma coisa de que gosto nos livros do Coben é a facilidade com que o autor sobrepõe as histórias e as faz coexistirem no mesmo espaço-tempo. A exemplo disso está que o começo de O Menino do Bosque se passa ao mesmo tempo de outra obra sua: Custe o que Custar. Foi divertidíssimo reconhecer o enredo e personagens da outra história aqui e ver o desenrolar de outros acontecimentos quando ao mesmo tempo da outra narrativa. Mas sem problemas! Os livros são independentes e um não traz spoiler do outro.
Hester Crimstein, que também aparece em outras obras do autor, aqui foi uma agradabilíssima surpresa. Em outras aparições suas, víamos apenas a face profissional de Hester: a advogada implacável e, por vezes, agressiva, em busca de justiça e de defender seus clientes. Confesso que às vezes, nessas outras obras, era um pouco complicado conseguir me afeiçoar à Hester. Mas em O Menino do Bosque, nos aprofundamos mais nessa personagem e vemos suas camadas mais vulneráveis e pessoais que, aqui, nos conquista e nos faz perceber por que ela é do jeito que é.
A escrita do Harlan é marcada por seu estilo sarcástico, rápido e ritmado. Seus livros são tão fáceis de ler que, antes mesmo que você perceba, já devorou mais de 50 páginas numa só sentada. A quantidade considerável de diálogos com certeza também facilita a leitura e você acaba se envolvendo de um modo que faz parcer que os personagens estão na sua frente conversando.
O suspense é divertido, envolvente e instigante. Sempre que leio um livro dele eu brinco comigo mesma tentando acertar o final. Foram raríssimas as vezes em que acertei e, nesta leitura, foi mais um fracasso meu, confesso. As reviravoltas acontecem a todo segundo e são, em sua maioria, imprevisíveis. O que faz você não querer largar o livro até terminar.
Como sempre, foi uma experiência agradável. A única coisa que deixou um pouco a desejar, foi que eu gostaria de saber mais sobre a história de Wilde e seu passado sombrio e conturbado. Mas isso não é de todo prejuízo, porque algo me diz que Harlan Coben não deixará isso passar batido.
Sinto que veremos nosso menino do bosque mais uma vez e eu estou ansiosíssima para isso. Estou pronta para ser feita de boba novamente, Cabeça Raspada.
PS: E tem como não gostar de um livro do Harlan Coben com um depoimento de Stephen King na capa?
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